terça-feira, 28 de junho de 2011

Notícias de dinossauros


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Dente revela temperatura de grandes dinossauros
Répteis são considerados animais de sangue frio porque, ao contrário dos mamíferos, não têm um mecanismo interno que regule a temperatura corporal e assim dependem do calor externo. Quando os dinossauros foram descobertos, pensava-se que apresentassem a mesma característica. Mas nas últimas décadas uma questão prevaleceu: se algumas espécies, como o Tiranossauro rex, eram rápidas e enormes, suas temperaturas corporais deveriam ser bem elevadas, assim como a dos animais de sangue quente. Agora, uma equipe do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos Estados Unidos, está tentando colocar um ponto final nestas especulações ao determinar pela primeira vez a temperatura de saurópodes. 
Os pesquisadores analisaram 11 dentes de Brachiosaurus brancai e Camarasauros - duas espécies com cerca de 15 metros de altura e caudas e pescoço muito compridos - e calcularam que a temperatura corporal destes animais era de 38,2 e 35,7 graus Celsius, respectivamente. São temperaturas mais altas do que as de crocodilos e mais baixas do que as de pássaros.
Lance Hayashida/Caltech/Divulgação

Geoquímicos da Caltech Rob Eagle (esquerda) e John Eiler mostram um dente de dinossauro que foi usado para determinar a temperatura corporal de animais já extintos.
Um ‘termômetro especial’ foi usado para chegar aos resultados: a análise das ligações entre raros isótopos de carbono e oxigênio presentes em um mineral encontrado no dente dos dinossauros. Medir a quantidade destas ligações é uma forma de determinar a temperatura do ambiente (no caso, o dente) em que o material foi formado: quanto mais baixa a temperatura, mais ligações seriam encontradas.
"É como ser capaz de colocar um termômetro em um animal que está extinto há 150 milhões de anos", diz Robert Eagle, pós-doutorando na Caltech e coordenador do estudo publicado na Science Express. "Ninguém usou esta abordagem para avaliar a temperatura corporal de dinossauros antes, então nosso estudo fornece um ângulo completamente diferente para o longo debate acerca da fisiologia dos dinossauros."
Corpo quente - O fato de as temperaturas terem sido similares a de mamíferos não decide a questão: em função do tamanho, os dinossauros poderiam também reter o calor por mais tempo do que animais menores. Em outras palavras: podem ter sido animais de sangue frio com a capacidade de manter o corpo quente por mais tempo. Para responder esta questão, mais estudos são necessários. Os pesquisadores planejam agora identificar a temperatura de amostras de outros dinossauros e vertebrados extintos. Caso um dinossauro pequeno ou filhotes apresentem temperaturas corporais altas, a teoria de que eles são aquecidos pelo ambiente pode ir por água abaixo, já que pouca massa dispersaria o calor com mais facilidade. Novas pesquisas podem também dar dicas de como os próprios mamíferos evoluíram ao longo do tempo.

Alguns dinossauros gostavam da vida noturna, apontam ossos oculares
Em geral, os paleontólogos acreditavam que os dinossauros só ficavam ativos durante o dia, preservando energia à noite. Mas uma análise da estrutura de olhos de dinossauros mostra que pelo menos alguns deles eram capazes de enxergar no escuro. O estudo foi publicado na revista Science.
Os cientistas examinaram as estruturas oculares de 33 espécies de dinossauros que viveram entre 230 milhões e 65 milhões de anos atrás. Nove das espécies, todos pequenos carnívoros, tinham olhos com as características dos atuais animais noturnos. Todos os herbívoros, por sua vez, eram diurnos.
Em animais de vida noturna, hoje, o diâmetro interno do anel escleral (osso que fica dentro do branco dos olhos de dinossauros, aves e lagartos) é extenso em relação a seu diâmetro externo e ao alcance focal do olho (a distância do cristalino à retina). Em animais ativos durante o dia, o padrão é invertido. O anel escleral tem um diâmetro menor em relação ao seu diâmetro interno e ao alcance focal.
O autor principal, Lars Schmitz, pesquisador com pós-doutorado na Universidade da Califórnia, disse que o padrão continua existindo hoje em dia em mamíferos. “Os grandes mamíferos comedores de plantas são ativos dia e noite. Os predadores mamíferos, como os grandes felinos, são na maioria noturnos”.


Crocossauro descoberto na Austrália
O osso do pescoço de uma espécie de dinossauro semelhante a um crocodilo foi encontrado na Austrália, disseram cientistas, demonstrando que a criatura existiu muito antes do que se pensava.
A vértebra de um espinossauro foi encontrado perto do farol de Cabo Otway, em Victoria (sul), e pertenceu a um animal relativamente pequeno de dois metros, que viveu cerca de 10 milhões de anos atrás, disse o cientista Thomas Rich.
Lagarto com focinho longo e estreito com o de um crocodilo, sabe-se que o espinossauro viveu na Europa, na América do Sul e na África do Sul, disse Rich, mas esta foi a primeira vez que vestígios deste animal foram encontrados na Austrália.
"O fato de terem existido na Austrália muda nosso entendimento da evolução desde grupo de dinossauros", afirmou Rich, curador do Museu Victoria.
Publicado esta semana no periódico Biology Letters, o artigo de Rich sobre a descoberta diz que ela também muda a ideia de que a fauna australiana era endêmica ou única, no período Cretáceo.
"O mesmo grupo de dinossauros se disseminou quando a Terra foi um supercontinente", disse Rich.
"Quando a Terra evoluiu para continentes separados, as várias famílias de dinossauros já tinham chegado àquelas porções de terra, o que explica porque os mesmos tipos foram encontrados em locais hoje distantes um do outro", acrescentou.
Vivendo tanto na água quanto na terra, acredita-se que o 'Spinosaurus' rivalizasse com o Tiranossauro rex em tamanho, chegando a medir até 18 metros e a pesar 21 toneladas

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